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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Oração da mãe ao amamentar o filho

 

 

“Da boca das crianças de peito sai um louvor

que confunde os nossos adversários” (Salmo 8).

 

Ó meu Deus, Pai de misericórdia,

creio no vosso Amor infinito por nós pecadores,

pois enviastes o vosso Filho Nosso Senhor Jesus Cristo

para salvar-nos por sua Paixão e Morte na Cruz

e para sustentar-nos com seu sagrado Corpo e precioso Sangue,

enquanto esperamos a glória da ressureição.

O ato de amamentar me faz lembrar o vosso Filho

alimentando o mundo com seu próprio Corpo e Sangue.

Dou-vos graças por poder imitar a ação do vosso Filho,

dando de mim mesma ao filho que me destes.

Peço-vos a graça de vos amar cada vez mais!

Abençoai a criança que amamento,

dando-lhes os dons do Espírito Santo

e que ela cresça sob a proteção da Virgem Maria.

Amém.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Amamentação Prolongada e Desmame

 

Elsa Regina Justo Giugliani*
*Pediatra, professora da Faculdade de Medicina da UFRGS, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SBP, Especialista em Aleitamento Materno pelo IBLCE (International Board of Lactation Consultant Examiners)


O homem é o único mamífero em que o desmame (aqui definido como a cessação do aleitamento materno) não é primariamente determinado por fatores genéticos e instinto, sendo fortemente influenciado por fatores socioculturais. Hoje, ao contrário do que ocorreu por pelo menos dois milhões de anos, ao longo da evolução da espécie humana, a mulher opta (ou não) pela amamentação e, influenciada por múltiplos fatores, decide por quanto tempo vai (ou pode) amamentar. Muitas vezes, as preferências culturais (não amamentação, introdução precoce de outros alimentos na dieta da criança, amamentação de curta duração) entram em conflito com a expectativa da espécie. Algumas conseqüências dessa divergência já puderam ser observadas, como desnutrição e alta mortalidade infantis, sobretudo em áreas menos desenvolvidas. Porém, as conseqüências a longo prazo ainda não são totalmente conhecidas, já que transformações genéticas não ocorrem com a rapidez com que podem ocorrer mudanças de hábitos. Começam a ser mostradas evidências de que o não amamentar segundo as expectativas da espécie pode ter repercussões negativas ao longo da vida dos indivíduos. Assim, a não amamentação ou amamentação sub-ótima pode favorecer o aparecimento de doenças alérgicas, diversas doenças do sistema imunológico, alguns tipos de cânceres, obesidade, diabete e doenças cardiovasculares, além de interferir negativamente no desenvolvimento oro-facial. Provavelmente, com o aparecimento de novas pesquisas nessa área, outros males serão relacionados com os hábitos “modernos” de alimentação infantil, mas alguns aspectos dificilmente podem ser quantificados, especialmente os relacionados com a psique humana.

Atualmente, em especial nas sociedades ocidentais, a amamentação é vista primordialmente como uma forma de alimentar a criança, sob o controle total dos adultos. Assim, perdeu-se a percepção da amamentação como um processo mais amplo, complexo, envolvendo intimamente duas pessoas e com repercussão na saúde física e no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, além de repercussões para a saúde física e psíquica da mãe. Hoje, em muitas culturas “modernas”, a amamentação prolongada (cujo conceito varia de acordo com a “convenção” da época e do local) freqüentemente é vista como um distúrbio inter-relacional entre mãe e bebê. Perdeu-se a noção de que o desmame não é um evento e sim um processo, que faz parte da evolução da mulher como mãe e do desenvolvimento da criança, assim como sentar, andar, correr, falar. Nesta lógica, assim como nenhuma criança começa a andar antes de estar pronta, nenhuma criança deveria ser desmamada antes de atingir a maturidade para tal. Em harmonia com esta linha de pensamento, Dr. William Sears, um antigo pediatra, recomendava “Não limite a duração da amamentação a um período pré-determinado. Siga os sinais do bebê. A vida é uma série de desmames, do útero, do seio, de casa para a escola, da escola para o trabalho. Quando uma criança é forçada a entrar em um estágio antes de estar pronta, corre o risco de afetar o seu desenvolvimento emocional”. Essas palavras sábias podem ter pouco respaldo em sociedades individualistas, que tendem a acelerar o processo de independização do ser humano, substituindo o seio por métodos de auto-consolo como chupetas, paninhos, mantinhas, ursinhos, etc.

Segundo diversas teorias, o período natural de amamentação para a espécie humana seria de 2,5 a sete anos. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Apesar dessa recomendação, muito poucas mulheres no Brasil amamentam por mais de dois anos. As razões para a não amamentação prolongada variam desde dificuldade em conciliar a amamentação com outras atividades, até crença de que aleitamento materno além do primeiro ano é danoso para a criança sob o ponto de vista psicológico. Uma parcela de mães, apesar de demonstrar desejo em continuar a amamentação, sente-se pressionada a desmamar por profissionais de saúde, seus maridos, parentes, vizinhos e amigos. Pois, para a manutenção do paradigma que sustenta a afirmação de que amamentação prolongada não é natural, foi necessário criar vários mitos tais como o de que uma criança jamais desmama por si própria, que a amamentação prolongada é um sinal de problema sexual ou necessidade materna e não da criança e que a criança que mama fica muito dependente. Algumas mães, de fato, desmamam para promover a independência da criança. No entanto, é importante lembrar que o desmame provavelmente não vai mudar a personalidade da criança. Além disso, o desmame forçado pode gerar insegurança na criança, o que dificulta o processo de independização.

O desmame pode ser agrupado em quatro categorias básicas: abrupto, planejado ou gradual, parcial e natural. Sob a ótica de que o desmame é um processo de desenvolvimento da criança, parece razoável afirmar que o ideal seria que ele ocorresse naturalmente, na medida em que a criança vai adquirindo competências para tal. No desmame natural a criança se auto-desmama, o que pode ocorrer em diferentes idades, em média entre dois e quatro anos e raramente antes de um ano. Costuma ser gradual, mas às vezes pode ser súbito, como por exemplo em uma nova gravidez da mãe (a criança pode estranhar o gosto do leite, que se altera, e o volume, que diminui). A mãe também participa ativamente no processo, sugerindo passos quando a criança estiver pronta para aceitá-los e impondo limites adequados à idade. O Quadro 1 apresenta os sinais indicativos de que criança pode estar pronta para iniciar o desmame:

Quadro 1. Sinais sugestivos de que a criança está madura para o desmame
• Idade maior que um ano
• Menos interesse nas mamadas
• Aceita variedade de outros alimentos
• É segura na sua relação com a mãe
• Aceita outras formas de consolo
• Aceita não ser amamentada em certas ocasiões e locais
• Às vezes dorme sem mamar no peito
• Mostra pouca ansiedade quando encorajada a não amamentar
• Às vezes prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe ao invés de mamar

É importante que a mãe não confunda o auto-desmame natural com a chamada “greve de amamentação” do bebê. Esta ocorre principalmente em crianças menores de um ano, é de início súbito e inesperado, a criança parece insatisfeita e em geral é possível identificar uma causa: doença, dentição, diminuição do volume ou sabor do leite, estresse e excesso de mamadeira ou chupeta. Essa condição usualmente não dura mais que 2-4 dias.

Algumas vantagens do desmame natural encontram-se no Quadro 2:
Quadro 2. Vantagens do desmame natural
• Transição tranqüila, menos estressante para a mãe e a criança
• Preenche as necessidades da criança até elas estarem maduras para o desmame
• Fortalece a relação mãe-filho
• Ajuda a mãe a ser menos ansiosa com relação aos estágios de desenvolvimento de seu filho

O desmame abrupto é desencorajado, pois se a criança não está pronta, ela pode se sentir rejeitada pela mãe, gerando insegurança e muitas vezes rebeldia. Na mãe, o desmame abrupto pode precipitar ingurgitamento mamário, bloqueio de ducto lactífero e mastite, além de tristeza ou depressão, por luto pela perda da amamentação ou por mudanças hormonais.

Muitas vezes a mulher se depara com a situação de querer ou ter que desmamar antes de a criança estar pronta. Nesses casos, o profissional de saúde, em especial o pediatra, deve respeitar o desejo da mãe e ajudá-la nesse processo. O quadro 3 apresenta os fatores que facilitam o encorajamento do bebê para o desmame.

Quadro 3. Encorajando o bebê a desmamar: facilitadores
• Mãe segura de que quer (ou deve) desmamar
• Entendimento da mãe de que o processo pode ser lento e demandar energia, tanto maior quanto menos pronta estiver a criança
• Flexibilidade, pois o curso é imprevisível
• Paciência (dar tempo à criança) e compreensão
• Suporte e atenção adicionais à criança – mãe não deve se afastar neste período
• Ausência de outras mudanças ocorrendo: Ex.: controle dos esficteres
• Sempre que possível, desmame gradual, retirando uma mamada do dia a cada 1-2 semanas.

A técnica utilizada para fazer a criança desmamar varia de acordo com a idade da mesma. Se a criança for maior, o desmame pode ser planejado com ela. Pode-se propor uma data, oferecer uma recompensa e até mesmo uma festa. A mãe pode começar não oferecendo o seio, mas também não recusando. Pode também encurtar as mamadas e adiá-las. Mamadas podem ser suprimidas distraindo a criança com brincadeiras, chamando amiguinhos, entretendo a criança com algo que lhe prenda a atenção. A participação do pai no processo, sempre que possível, é importante. A mãe pode também evitar certas atitudes que estimulam a criança a mamar, por exemplo, não sentar na poltrona em que costuma amamentar.

Algumas vezes, o desmame forçado gera tanta ansiedade na mãe e no bebê, que é preferível adiar um pouco mais o processo, se possível. A mãe pode, também, optar por restringir as mamadas a certos horários e locais.

As mulheres devem estar preparadas para as mudanças físicas e emocionais que o desmame pode desencadear, tais como: mudança de tamanho das mamas, mudança de peso e sentimentos diversos tais como alívio, paz, tristeza, depressão, culpa e arrependimento.

Já se avançou muito na valorização do aleitamento materno nos últimos tempos. A recomendação da duração da amamentação passou de 10 meses na década de 30 para dois anos ou mais nos dias de hoje. Atualmente, fala-se em desmame natural como a forma ideal de desmame, sem especificar uma idade mínima ou máxima para que esse processo ocorra. Apesar desse avanço ainda estamos longe de encararmos o desmame como um marco do desenvolvimento da criança. Para chegarmos a este estágio, faz-se necessário entender e enfrentar as circunstâncias que, segundo Souza e Almeida, “ultrapassam a natureza e desafiam a cultura e a sociedade”.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Apoio às mães que amamentam após um ano

 

 
 

Por Carlos González

As mães que continuam amamentando após um ano enfrentam muitos problemas, sobretudo devido às críticas de quem crê que isso “não é normal” e as ameaçam com todo tipo de doenças e catástrofes.

Na realidade, não se conhece qual é a idade “natural” do desmame no ser humano. Cada cultura tem a esse respeito seus próprios costumes, apesar de que nenhuma desmama tão cedo quanto a cultura ocidental do século XX. A antropóloga norte-americana Katherine Dettwyler (1) abordou a questão a partir da zoologia comparada, generalizando uma hipotética idade para o desmame no ser humano a partir dos dados referentes a outros primatas, a partir de vários parâmetros que se correlacionam de forma mais ou menos exata com a amamentação:

a) Segundo o peso do nascimento.

Costuma-se dizer que os mamíferos se desmamam quando triplicam o peso do nascimento. Isso só é válido para os animais pequenos; os animais de tamanho parecido com o nosso se desmamam após quadruplicar o peso do nascimento, o que seria aproximadamente aos dois anos e meio.

b) Segundo o peso do adulto.

Muitos mamíferos se desmamam ao alcançar aproximadamente a terça parte do peso do adulto. Como em nossa espécie o homem adulto é maior, isso representaria um desmame mais tardio: os meninos com sete anos (ao alcançar os 23 kg), e as meninas um pouco antes dos seis anos (com 19 kg).

c) Segundo o peso da mãe.

Os pesquisadores Harvey e Clutton-Brock constataram que, em um grande número de primatas, a idade do desmame em dias é igual ao peso de uma fêmea adulta em gramas multiplicado por 2,71. Aplicando essa fórmula a uma mãe de 55 quilos, corresponderia a desmamar aos três anos e quatro meses.

d) Segundo a duração da gestação.

A relação entre a duração da amamentação e a duração da gestação é muito variável entre os primatas, mas parece ter relação com o tamanho dos indivíduos. Nos macacos pequenos, essa relação costuma ser inferior a dois; mas entre nossos parentes mais próximos (em parentesco e tamanho), a relação é de 6,4 para o chimpanzé e de 6,18 para o gorila. Se assumirmos que para o ser humano essa relação deverá ser também superior a 6, o resultado é um mínimo de quatro anos e meio de amamentação.

e) Segundo a dentição.

O desmame pode acontecer em muitos primatas quando ocorre a erupção do primeiro molar permanente, o que corresponderia aos 6 anos do ser humano.

Em conclusão, Dettwyler supõe que a idade normal do desmame no ser humano é entre os dois anos e meio e os sete anos.

No congresso espanhol de grupos de mães, ocorrido no ano de 2001 em Zaragoza, realizamos uma pesquisa para averiguar qual era a duração da amamentação entre as mães participantes, e que vantagens e desvantagens encontravam as mães que amamentam bebês após um ano.

Trata-se de uma amostra altamente selecionada (mães com suficiente interesse e meios econômicos para participar do evento), e que de modo algum representa a sociedade espanhola. Mas nos permite afirmar que a amamentação depois de um ano existe, ainda que seja em um grupo pequeno.

Responderam ao questionário 95 mães que juntas têm 174 filhos. Trabalham fora de casa 74, e 78 haviam amamentado mais de um ano. Somente 15 mães haviam praticado amamentação tandem (ou seja, amamentado dois filhos de idades diferentes ao mesmo tempo).

Portanto, não é preciso ser dona de casa para amamentar por mais de 1 ano.

O resultado foi o seguinte:

Formação – total – Amamentaram por mais de 1 ano

Graduação – 31 – 30

Cursos seqüenciais/tecnólogo – 32 – 22

Curso técnico – 17 – 14

Ensino médio – 13 – 10

Ensino fundamental – 2 – 1

Isso contrasta com a situação tradicional de algumas décadas, em que apenas as mães pobres de zonas rurais amamentavam após 1 ano de idade. É precisamente entre as mães mais cultas e informadas que se recupera a prática da amamentação.

No momento da entrevista, 109 bebês haviam sido desmamados, com uma idade média de 19,1 meses, enquanto que 65 seguiam mamando, com una idade média de 20,9 meses. Ou seja, que já superaram a média e continuam mamando, o que fará com que a média global aumente muito quando ocorrer o desmame dessas 65 crianças.

A comparação entre os filhos de uma mesma mãe mostra também um incremento progressivo na duração da amamentação. Entre 20 mães com três filhos ou mais, a duração média da amamentação do primeiro filho foi de 12,8 meses. Do segundo filho, um (50 meses) ainda mamava, e os demais haviam sido desmamados com uma idade média de 19,3 meses. Do terceiro filho, 13 seguiam mamando (idade média de 25,9 meses) e 7 estavam desmamados (com média de idade de 29,3 meses). Podemos dizer que a amamentação prolongada foi tão satisfatória para essas mães, que repetiram e aumentaram a dose com os demais filhos. Com certeza, também há mães que não tiveram uma experiência satisfatória na amamentação, e é provável que estas mães não participem de congressos de amamentação.

O resultado foi o seguinte:

Formação – total – Amamentaram por mais de 1 ano

Graduação – 31 – 30

Cursos seqüenciais/tecnólogo – 32 – 22

Curso técnico – 17 – 14

Ensino médio – 13 – 10

Ensino fundamental – 2 – 1

Isso contrasta com a situação tradicional de algumas décadas, em que apenas as mães pobres de zonas rurais amamentavam após 1 ano de idade. É precisamente entre as mães mais cultas e informadas que se recupera a prática da amamentação.

No momento da entrevista, 109 bebês haviam sido desmamados, com uma idade média de 19,1 meses, enquanto que 65 seguiam mamando, com una idade média de 20,9 meses. Ou seja, que já superaram a média e continuam mamando, o que fará com que a média global aumente muito quando ocorrer o desmame dessas 65 crianças.

A comparação entre os filhos de uma mesma mãe mostra também um incremento progressivo na duração da amamentação. Entre 20 mães com três filhos ou mais, a duração média da amamentação do primeiro filho foi de 12,8 meses. Do segundo filho, um (50 meses) ainda mamava, e os demais haviam sido desmamados com uma idade média de 19,3 meses. Do terceiro filho, 13 seguiam mamando (idade média de 25,9 meses) e 7 estavam desmamados (com média de idade de 29,3 meses). Podemos dizer que a amamentação prolongada foi tão satisfatória para essas mães, que repetiram e aumentaram a dose com os demais filhos. Com certeza, também há mães que não tiveram uma experiência satisfatória na amamentação, e é provável que estas mães não participem de congressos de amamentação.

Responderam da seguinte forma à pergunta de se as pessoas relacionadas apoiaram ou criticaram a amamentação (pergunta feita a todas as mães, incluindo as que desmamaram antes de 1 ano de idade):

quem – apóiam – criticam

Marido ou companheiro – 77 – 6

Amigas ou vizinhas – 47 – 53

Mãe ou sogra – 44 – 39

parteira – 27 – 6

Outros parentes – 22 – 43

pediatra – 15 – 36

enfermeiras – 6 – 19

Médico ou GO – 5 – 9

Outros – 29 – 14

Considerando que cada mãe pode ter vários amigos ou vários pediatras, alguns grupos apareciam ao mesmo tempo aprovando e criticando. Observamos que o papel dos profissionais de saúde é em geral negativo, salvo no caso das parteiras. E, em todo caso, parecem influenciar menos, tanto para o bem como para o mal, que parentes e amigas. Como se nos mantivéssemos à margem.

Destaque muito positivo para o papel do marido, que quase nunca critica e que é a pessoa que mais aprova. Duvidamos que isto reflita um grande interesse pela amamentação entre os maridos espanhóis em geral, e achamos que , na verdade,aconteceu uma seleção natural: o apoio incondicional do marido é quase imprescindível para que uma mãe consiga amamentar, desfrutar da sua experiência, envolver-se num grupo de apoio e participar de um congresso sobre amamentação.

Por último, perguntamos o que foi mais agradável e o que foi mais desagradável ao amamentar bebês maiores de 1 ano:

O que é mais agradável ao amamentar bebês maiores de 1 ano:

Contato físico, olhar, vínculo – 36

Relação especial, amor, algo teu – 34

Felicidade materna, realização pessoal – 20

Comodidade e liberdade – 14

O melhor alimento – 12

Bebê feliz – 10

Consolo ou calma para o bebê – 8

É algo natural – 3

Mais saudável para o bebê – 6

Carinho – 1

O que é mais desagradável ao amamentar bebês maiores de 1 ano:

Críticas de outras pessoas – 33

Nada – 14

Mamadas noturnas – 10

Pedir muito quando a mãe não deseja – 4

Difícil de conciliar com irmãos maiores – 4

Mordidas – 4

Desmame – 4

Falta de informação profissional e de apoio social – 4

Dependência – 4

Sensação de que não vai deixar de mamar – 2

Não poder sair de noite – 2

Dificuldade para conciliar com inquietudes maternas – 2

Desinformação (medo absurdo) – 1

Problemas mamários (mastites, rachaduras) – 1

Angústia – 1

Conforme era esperado, essas mães encontram muito mais satisfações que problemas (de outro modo, não o teriam feito). Entre as vantagens se dá muito mais importância aos aspectos afetivos e psicológicos que à nutrição e à saúde física; enquanto que entre os inconvenientes destacam-se as críticas recebidas de outras pessoas, e um grande número de mães espontaneamente afirmam que não houve nada desagradável em sua experiência.

Portanto, a amamentação após uma ano de idade do bebê é uma realidade entre algumas mulheres espanholas, sobretudo de classe média-alta, e parece que a prática está crescendo. É preciso que nós profissionais de saúde adotemos um papel mais efetivo de apoio às mães que amamentam, e que contribuamos na educação da população para que estas mães recebam o respeito que merecem.

(1) Stuart-Macadam P, Dettwyler K. Breastfeeding. Biocultural perspectives. Aldine de Gruyter, New York, 1995

Tradução: Fernanda Mainier

Revisão: Luciana Freitas

Original em espanhol http://www.dardemamar.com/Lactancia_prolongada_por_Carlos_Gonzalez.pdf

Fonte: http://matrice.wordpress.com/amamentar-mais-de-um-ano/

domingo, 11 de julho de 2010

Angústia da Separação (Crise dos 8 meses)

 

Pode não ser especificamente sobre amamentação mas é muito bom saber… essas imagens são da comunidade Pediatria Radical, no Orkut.

 

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sexta-feira, 19 de março de 2010

Composição do Leite Materno

 

 

Considerações gerais sobre as modificações na composição
do leite materno

O leite materno nem sempre tem exatamente a mesma composição. Há algumas modificações importantes e normais. A composição do leite também apresenta pequenas variações com a alimentação da mãe, mas essas alterações raramente têm algum significado.

Colostro

Nos primeiros dias depois do parto as mamas secretam colostro. O colostro é amarelo e mais grosso que o leite maduro e é secretado apenas em pequenas quantidades. Mas isto é suficiente para uma criança normal e é exatamente  aquilo de que precisa para os primeiros dias. Contém mais anticorpos e mais células brancas que o leite maduro. Dá a primeira “imunização” para proteger a criança contra a maior parte das bactérias e vírus.

O colostro é também rico em fatores de crescimento que estimulam o intestino imaturo da criança a se desenvolver. O fator de crescimento prepara o intestino para diferir e absorver o leite maduro e impede a absorção de proteínas não digeridas. Se a criança recebe leite de vaca ou outro alimento antes de receber o colostro, estes alimentos podem lesar o intestino e causar alergias.

O colostro é laxativo e auxilia a eliminação do mecônio (primeiras fezes muito escuras). Isto ajuda a evitar a icterícia.

O colostro é exatamente o que o bebê precisa nos primeiros dias!.

Leite Maduro

Em uma ou duas semanas, o leite aumenta em quantidade e muda seu aspecto e composição. Este é o leite maduro que contém todos os nutrientes que a criança precisa para crescer. O leite materno maduro parece mais ralo que o leite de vaca, o que faz com que muitas mães pensem que seu leite é fraco. É importante esclarecer que esta aparência aguada é normal e que o leite materno fornece água suficiente, mesmo em climas muito quentes.

Leite do começo e leite do fim

O leite materno é tão complexo e impossível de ser imitado, que sua composição muda até mesmo durante a mamada!

Leite do Começo:

O leite do começo surge no início da mamada. Parece acinzentado e aguado. É rico em proteína, lactose, vitaminas, minerais e água.

Leite do Fim:

O leite que surge no final da mamada parece mais branco do que o leite do começo porque contém mais gordura. A gordura torna o leite do fim mais rico em energia. Fornece mais da metade da energia do leite materno.

A criança precisa tanto do leite do começo quanto do fim para crescer e se desenvolver. É importante deixar que ela pare espontaneamente de mamar. A interrupção da mamada pode fazer com que receba pequena quantidade de leite do fim (e , consequentemente, menos gordura).

Na época das amas de leite, essas mulheres eram obrigadas a alimentar primeiro os filhos dos patrões e seus filhos recebiam apenas o leite do fim. Conseqüentemente recebiam toda a gordura e muitas vezes eram castigadas porque seus filhos cresciam mais que os filhos dos patrões!

Resumos dos Principais Componentes Imunológicos do Leite Materno

    Componentes

    Mecanismo

    IgA Secretora

    Impermeabilização antisséptica das mucosas (digestiva, respiratória, urinária)

    Lactoferrina

    Ação Bacteriostática (retirada de ferro)

    Lisozima

    Ação bactericida (Lise das bactérias)

    Macrófagos

    Fagocitose (engloba as bactérias)

    Fator bífido

    Lactobacilos – ácidos orgânicos: bactericida. 

O leite de vaca, também contém fatores imunológicos de ótima qualidade, mas para o bezerro. Esses fatores só funcionam para a própria espécie, ou seja, não vale de um animal para outro de espécie diferente. Contudo, alguns desses fatores até poderiam funcionar, mas eles são destruídos pela armazenagem e pela fervura do leite.

 

Fonte: Ache Tudo e Região

Como o leite é produzido no seio

 


O começo do processo durante a gravidez

Se você estiver grávida, provavelmente já percebeu mudanças nos seus seios. Essas alterações físicas - seios mais inchados, sensíveis e aréolas (o círculo da pele ao redor do mamilo) mais escurecidas – são algumas das primeiras “dicas” de que você vai ter um bebê!

Os especialistas acreditam que a mudança da cor também pode ser uma ajuda para a amamentação. É a maneira que a natureza tem de fornecer um “guia” visual que ajuda os recém-nascidos a encontrar o seio (“ei, o jantar está aqui!!!”). Um outro sinal da gravidez é o aparecimento de pequenos carocinhos em torno da aréola chamados “glândulas de Montgomery”, que também têm um papel fundamental na amamentação. Estes pequenos caroços produzem uma substância oleosa que limpa, lubrifica e protege o mamilo de infecções durante a amamentação.

O que está acontecendo dentro do seu seio

Talvez ainda mais impressionante que esta transformação visível são as grandes mudanças que ocorrem dentro dos seus seios. Sua placenta estimula a liberação do estrogênio e progesterona, que, por sua vez, estimulam o complexo sistema biológico que faz a lactação possível. Antes da gravidez, seus seios eram compostos de uma combinação do tecido de sustentação, glândulas lactíferas e gordura (a quantidade de gordura varia entre as mulheres, e é por isso que os seios têm tal variedade de tamanhos e formas). De fato, seus seios têm se preparado para essa gravidez desde que você era um embrião de seis semanas, no ventre da sua mãe.

Anatomia da mama

Quando você nasceu, a maioria dos seus ductos lactíferos – uma rede de canais por onde passa o leite através do seio – já estavam formados. Suas glândulas mamárias permaneceram “em repouso” até a puberdade, quando uma inundação do estrogênio fez com que seus seios crescessem e desenvolvessem. Durante a gravidez, essas glândulas começam a trabalhar a todo vapor...

Quando seu bebê nasce, o tecido glandular substituiu a maioria das células lipídicas o que explica o seu seio maior-que-nunca. Cada seio pode ter até cerca de 680 gramas!

Entre as células gordurosas e o tecido glandular fica uma intricada rede de canaletas ou canais chamados ductos lactíferos. Os hormônios da gravidez provocam um aumento de número e tamanho nos ductos lactíferos. Estes ramificam-se em canais menores e, terminam em

chamados lóbulos. O leite materno é produzido nesses alvéolos. Cada mama tem entre 15 e 20 lóbulos com um ducto lactífero para cada lóbulo.

O leite é produzido dentro dos alvéolos, que são cercados por células musculares que espremem as glândulas e mandam o leite para fora através dos ductos. Pequenos ductos conduzem a um ducto maior que se alarga em um “reservatório” chamado seio lactífero, que fica logo abaixo do aréola. Os seios lactíferos agem como reservatórios que guardam o leite até que seu bebê o sugue através de minúsculas aberturas em seu mamilo.

A Mãe Natureza é tão esperta que esse complexo sistema do ductos está completamente formado em algum momento durante seu segundo trimestre, assim você poderá nutrir seu bebê mesmo se ele nascer prematuramente.

A produção se acelera, depois que o bebê nasce

Produção de leite e prolactina

Você começará a produzir leite em “escala total” cerca de 72 horas depois do nascimento do bebê. Uma vez que você expele a placenta, os níveis de estrogênio e progesterona diminuem drasticamente em seu corpo. Ao mesmo tempo, o nível do prolactina aumenta. Este hormônio produzido na glândula pituitária sinaliza ao seu corpo para produzir lotes de leite para nutrir seu bebê. Os estudos mostram também que a prolactina pode fazer você sentir-se mais "maternal," por isso alguns especialistas  chamam este de “hormônio materno”.

Quadro demonstrativo do reflexo de prolactina ou reflexo de 
produção do leite

Enquanto seu corpo se prepara para a lactação, ele bombeia sangue extra nos alvéolos, fazendo seus seios ficarem firmes e cheios. As veias sangüíneas inchadas, combinadas com uma abundância de leite, podem fazer seus peitos temporariamente dolorosos e engurgitados, mas se você amamentar freqüentemente, nos no primeiros poucos dias poderá aliviar todo desconforto.

Cada vez que a criança suga, estimula as terminações nervosas do mamilo. Estes nervos levam o estímulo para a parte anterior da glândula pituitária que produz a prolactina. Esta, através da circulação sanguínea, atinge as mamas que produzem o leite. A prolactina atua depois que a criança mama e produz leite para a próxima mamada.

Essas etapas, desde a estimulação do mamilo até a secreção do leite, são chamadas reflexo de produção ou reflexo da prolactina.

A glândula pituitária produz mais prolactina durante a noite do que durante o dia. Portanto, o aleitamento materno à noite ajuda a manter uma boa produção de leite. 

Primeiro vem o colostro

Foto de mãe amamentando com esquema demonstrativo do reflexo 
de descida do leite

Nos primeiros dias de nascido, seu seio vai produzir uma substância cremosa, altamente protéica, com baixa gordura chamada colostro . Provavelmente, nos últimos meses da gravidez você já viu algumas gotas dessa substância grossa e amarelada (algumas mulheres têm até mesmo um pouco de colostro no segundo trimestre da gravidez). Este precioso, facilmente digestivo "primeiro leite" é cheio de anticorpos contra doenças chamados imunoglobulinas que fortalecem o sistema imunológico do seu bebê .

Como o leite flui de você para seu bebê
Para que seu bebê aprecie seu leite, ele deve "baixar" ou ser liberado dos alvéolos internos.

É assim que isso acontece: seu bebê suga seu mamilo, estimulando a glândula pituitária a liberar a ocitocina – assim como a prolactina - em sua corrente sangüínea.

Quando alcança seu seio, a ocitocina faz com que os minúsculos músculos em torno dos alvéolos (cheios de leite) contraia-se. O leite é expelido para os ductos por onde é transportado para os seios lactíferos, que ficam logo abaixo do aréola. Enquanto suga, seu bebê pressiona o leite que está dentro desses seios lactíferos e faz com que jorrem direto em sua boca....

A criança não consegue quantidade suficiente de leite somente pela sucção,  precisa do reflexo de “descida” para ajudar. Se o reflexo não funcionar a criança não conseguirá leite suficiente.

Ajudando e Inibindo o Reflexo da Ocitocina

O reflexo da ocitocina é mais complicado do que o reflexo da prolactina. Os sentimentos, os pensamentos e as sensações da mãe podem afetar esse processo. Freqüentemente seus sentimentos ajudam, mas algumas vezes podem inibir o reflexo.

A glândula de uma nutriz pode produzir ocitocina se pensar no filho com carinho, ao trocar olhares com ele ou se escutar seu choro. A seguir, ela sente a contração na mama e o leite pode “descer”. Suas mamas estão prontas para amamentar...

Por outro lado, esses sentimentos podem inibir o reflexo da “descida” do leite:

  • se a mãe está preocupada ou com medo por alguma razão;

  • se ela tem dor – especialmente se a amamentação for dolorosa;

  • se ela estiver envergonhada.

Portanto, se a nutriz tem sentimentos positivos e confiança em sua capacidade de amamentar, o leite “desce” tranquilamente. Mas, se tem dúvidas, suas preocupações podem inibir a “descida” do leite.

Nos primeiros dias de amamentação, você pode sentir algumas contrações em seu abdômen enquanto o bebê suga. Esse pequeno desconforto sinaliza a liberação do ocitocina, que ajuda a contrair o útero, fazendo com que ele retorne ao tamanho normal mais rapidamente (e a diminuindo o risco de hemorragia no pós-parto, uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil). Este mesmo hormônio foi responsável pelas contrações do seu útero no parto e faz parte das relações sexuais. Você vai sentir-se mais calma, satisfeita, e alegre enquanto nutre seu bebê. Por isso a ocitocina é, também, conhecida como o hormônio do amor!

À medida que o seu fluxo de leite aumenta, você pode sentir também algum formigamento, ardência ou comichão em seus seios. Seu leite pode gotejar ou mesmo espirrar quando estiver “descendo”. Será bom se você puder criar um ambiente calmo para amamentar - se você estiver relaxada durante a amamentação, seu leite fluirá mais livre e facilmente. De fato, muitas mulheres comparam a amamentação a aprender a andar de bicicleta: pode ser complicado no início, mas uma vez que você - e seu bebê - aprendem, transforma-se em um ato natural.

 

Fonte: Ache Tudo e Região

terça-feira, 9 de março de 2010

O que toda mãe precisa saber para a amamentação dar certo

 

Comida de mãe

É comum que a fome e a sede aumentem após o parto. Os especialistas calculam que são necessárias 940 calorias para produzir 1 litro de leite. Como você acumulou alguns quilos na gravidez, não precisa exagerar no tamanho do prato. Convém apenas evitar dietas que promovam perda rápida de peso (mais de meio quilo por semana). Consuma uma boa variedade de pães, cereais, frutas, legumes, verduras e carnes e três ou mais porções de derivados de leite. Muita água e moderação no café e bebidas cafeinadas – como chá preto e refrigerantes à base de cola – completam os cuidados. Em geral, não há necessidade de eliminar alimentos específicos. Mas, se notar alguma reação gastrintestinal ou na pele da criança quando você come um determinado item, exclua esse alimento do cardápio e observe se o bebê fica bem. Depois de uma semana, volte a consumir o alimento suspeito e, caso seu filho reaja mal, risque-o da dieta.

Fonte: Claudia

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sapinho !! Ninguém merece !!

 

 
Essa semana eu e minha princesa, de 4 meses, estamos fazendo tratamento para sapinho… estamos roxinhas, pois parte do tratamento é com solução de violeta de genciana… decidi então trazer um texto explicativo sobre isso, segue abaixo.

O que é candidíase?

Trata-se de uma infecção por fungos na boca do bebê (o famoso sapinho) que pode afetar seus mamilos durante a amamentação. Os fungos são parte normal do sistema digestivo de todos nós, mas causam infecção quando sua quantidade aumenta demais.

Muitas crianças entram em contato com fungos ao passar pelo canal vaginal na hora do parto (a mulher pode ter candidíase na gestação sem nem saber). Antibióticos tomados por você ou pelo próprio bebê ao nascer também podem provocar uma infecção por cândida.

Como o bebê pode passar candidíase para a mãe, é importante que os dois se cuidem ao mesmo tempo; do contrário, a infecção vai ficar indo e voltando sem parar entre os dois.

Muitas vezes é difícil determinar uma única causa para a candidíase. Algumas mulheres e crianças são simplesmente mais suscetíveis a elas do que outras. O que se sabe é que o fungo Candida albicans gosta de ambientes quentinhos, úmidos e adocicados, exatamente tudo o que se encontra na boca do bebê e em seus mamilos durante a amamentação.

Alguns sinais mais comuns de candidíase nos seios da mãe são:
• mamilos avermelhados, brilhantes, com coceira ou queimação (às vezes também com rachaduras)
• dor aguda durante ou depois das mamadas
• candidíase vaginal

Alguns sinais mais comuns de candidíase em bebês mais novinhos (os mais velhos podem não ter):
• bolinhas esbranquiçadas na parte interna dos lábios e bochechas, com aparência de queijo branco (elas não saem quando lavadas); se você notar que só a língua do bebê está branquinha, provavelmente trata-se apenas resíduo de leite
• choro ao sugar o peito ou uma mamadeira
• assaduras intensas, com bolinhas, avermelhadas e bordas bem definidas; a assadura é dolorida e pode se espalhar para os órgãos genitais e dobrinhas das pernas do bebê

Como posso cuidar da candidíase no seio?

A primeira coisa a fazer é consultar seu médico para que ele confirme o diagnóstico e prescreva algum tratamento apropriado para você. Geralmente leva poucos dias para sarar (lembrando que você e o bebê terão que se cuidar ao mesmo tempo).

É provável que o médico prescreva alguma pomada ou loção antifúngica à base de nistatina ou, se a dor persistir, algum remédio oral mais forte. Para aliviar a dor nos seios, você pode tomar analgésicos, sempre segundo a orientação médica, a cada seis horas.

O pediatra do bebê possivelmente também receitará uma pomada ou loção à base de nistatina, que será aplicada nos pontinhos brancos da boca dele. Certifique-se de colocar a pomada depois de dar de mamar, assim ela permanecerá mais tempo na boca do bebê. Às vezes leva uma semana para a infecção passar.

Se isso não acontecer, contate o médico novamente, porque seu filho pode estar com uma infecção fúngica no bumbum também, e talvez vá precisar de outro tratamento específico para essa área.

Lave bem todos os brinquedos dele e esterilize as chupetas e as partes laváveis da bombinha de tirar o leite. Não deixe também de lavar suas mãos com frequência, especialmente depois de dar de mamar.

Procure acrescentar iogurtes naturais e bebidas com lactobacilos vivos à sua dieta, para recolonizar o trato digestivo com bactérias "do bem". Expor os seios à luz do sol e deixá-los secar naturalmente após as mamadas também ajuda.

Fonte: http://brasil.babycenter.com/baby/amamentacao/problemas-e-solucoes/candidiase/

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Aleitamento Materno e Fórmulas Infantis


Aleitamento Materno e Fórmulas Infantis

sábado, 30 de janeiro de 2010

Mamãe Turbinada: Amamentação x Silicone

 

Ao contrário do que a maioria das mulheres pensa, seios com silicone podem permitir uma amamentação tão saudável quanto aqueles que não passaram pela operação. "Senti isso na prática: quando amamentei a Suzanna, ainda não tinha silicone. Depois que ela nasceu, fiz a cirurgia e engravidei novamente", afirma a cantora Kelly Key (na foto acima com os filhos). "E não senti nenhuma diferença quando dei de mamar ao Jaime Vitor, já com as próteses." O assunto, no entanto, é rodeado de dúvidas e, para esclarecê-las de uma vez por todas, convidamos o cirurgião plástico Sérgio Aluani, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e a pediatra Maria José Mattar, especialista em aleitamento materno.Confira a seguir a entrevista, em que eles falam sobre tudo: as causas das temidas dores que afligem algumas mamães siliconadas na fase de amamentação, os riscos de flacidez e até os procedimentos que, eventualmente, podem ameaçar a chegada do leite até o bebê.

Os métodos de implante atuais são seguros?
Existem várias maneiras pelas quais as próteses podem ser colocadas, e a maioria delas não oferece nenhum risco - caso a cirurgia seja realizada da forma apropriada. A exceção fica por conta dos procedimentos conhecidos por periareolar e transveolar, em que o enchimento é inserido pelas aréolas dos seios. "O corte é feito nos ductos - vias por onde o leite transita. Devido à incisão, esses ductos podem ser prejudicados, dificultando a passagem do leite e, até mesmo a produção", diz o especialista. Mas Sérgio garante que as estatísticas desses incidentes são muito baixas.

Quem pretende amamentar deve evitar a cirurgia para colocar silicone?
Não. "O silicone não interfere em nada na qualidade do leite materno", afirma o médico. Além disso, as próteses ficam localizadas abaixo das glândulas mamárias e, portanto, não interferem em nada na amamentação. Pelo mesmo motivo, o bebê não sofrerá para sugar o leite do seio mais rígido, típico de quem passou pela cirurgia.

Posso colocar próteses enquanto estiver amamentando?
Não, pois o período pós-operatório demora pelo menos um mês - para fazer exercícios, a espera é maior: seis meses. E o bebê, claro, não pode ficar sem mamar. Mas se você gostou do tamanho dos seus seios nessa fase, vale fazer uma visita ao cirurgião para que ele avalie exatamente a medida das próteses a serem implantadas quando o procedimento puder ser realizado.

O material que compõe a prótese pode fazer mal ao bebê?
Atualmente, as próteses de silicone são produzidas com um tipo de gel coesivo e envoltas por uma membrana. O gel coesivo garante que, mesmo havendo o rompimento da membrana, o líquido não vai se misturar com o corpo. Além disso, por serem inseridas abaixo das glândulas mamárias, as bolsas de silicone não impedem que o bebê sugue o leite normalmente.

O silicone atrapalha a produção de leite?
De maneira alguma. "A mulher que aumentou os seios não enfrenta dificuldade nesse sentido", garante a pediatra Maria José Mattar, do Departamento de Aleitamento da Sociedade Brasileira de Pediatria. "A quantidade de leite produzido depende da freqüência da sucção realizada pela criança, assim como das mudanças hormonais ocorridas na mulher, durante a gestação", completa. Em resumo: quanto mais o bebê sugar, mais leite a mãe vai produzir.

Próteses muito grandes podem represar o leite e provocar dores?
Sim. Mas isso normalmente só acontece quando não só o silicone é abundante, mas a quantidade de leite também. Isso porque o líquido pode ficar comprimido, problema facilmente solucionado com a retirada periódica do leite - ele pode ser armazenado, caso não seja hora do bebê mamar.

Seios com silicone sofrem com a flacidez?
Depende. "A aparência dos seios após a amamentação varia de acordo com a pré-disposição genética e o tamanho da mama, independentemente da presença das próteses", afirma o cirurgião.

Fonte: Minha Vida

Para Refletir…

 

«Se fosse disponibilizada uma nova vacina 
que pudesse prevenir a morte de um milhão de crianças 
ou mais por ano e que, além disso, fosse barata, segura, 
de administração oral e não exigisse uma cadeia de frio, 
esta tornar-se-ia numa prioridade imediata para a saúde pública.
A amamentação pode fazer tudo isso e mais ainda, 
mas precisa da sua própria "cadeia quente" de apoios 
- ou seja, cuidados profissionalizados que permitam às mães 
ganhar confiança e lhes mostrem o que fazer e as protejam de más práticas.»

- Lancet 1994;344:1239-41

«Muitas mulheres não querem amamentar.
A única resposta que lhes oferecem é o biberão!
Sob a capa da liberdade e com a finalidade, em principio honrosa,
de "não culpabilizar as mães que não querem dar de mamar",
"respeita-se" a sua não-vontade com um zelo um pouco equívoco.
Nunca são verdadeiramente ouvidas nas suas dúvidas, nas suas angústias,
nas suas representações mentais inconscientes, nos seus fantasmas,
nunca se procura entender as suas motivações profundas...»

- Isabelle Filliozat em "A inteligência do coração"

Fonte: Leite Materno.Org

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Crise dos Três Meses

 

"Por volta de 2-3 meses de idade, alguns bebês tornam-se tão eficientes na mamada que são capazes de mamar tudo o que precisam em 5 ou 7 minutos, algumas vezes em 3 minutos. Se ninguém disso isso para a mãe e ela espera que a criança fique no seio por “pelo menos 10 minutos”, ela vai achar que seu filho não está mamando o suficiente, como esta mãe aqui:

Eu tenho uma filha de 4 meses. Meu problema é que não sei se ela está mamando o suficiente. Ela passa somente 3-4 minutos no peito e eu fico com receio de que ela não está mamando leite suficiente. Quando ela tinha 2 meses, ela mamava por 10 minutos de um lado e 5 do outro e ganhava peso rapidamente; agora ela está caindo na curva de crescimento.

Eu também notei que meus seios não enchem mais como antes, eles chegavam até a vazar!

O que mais me intriga é que nos primeiros 2 minutos ela engole muito leite, bem rápido e e depois começa a tirar a boca do peito e a colocar novamente, sem ficar quieta. Eu tenho que alternar os lados e tentar posições diferentes para ela mamar ao menos 10 minutos. Eu me pergunto se ela faz isso porque ainda está com fome.

Outra coisa que me preocupa é que ela está mamando mais vezes, especialmente de noite. Ela dormia 5-6 horas seguidas de noite, agora dorme no máximo 3-4 horas, até menos.

O pediatra me disse que eu posso começar a dar leite artificial na mamadeira. Já tentei, mas ela não aceita, mesmo que outra pessoa ofereça a mamadeira.

O caso desta mãe ilustra bem a crise dos 3 meses de idade:
1. O bebê que mamava 10 minutos agora termina em 5 minutos ou menos.
2. Os seios, antes cheios e pesados, agora estão macios e “vazios”.
3. O leite não vaza mais.
4. O ganho de peso do bebê diminui.

Tudo isso é absolutamente normal. O engurgitamento das mamas nas primeiras semanas pós-parto não tem nada a ver com a quantidade de leite produzida e sim com uma inflamação temporária que acontece no início da lactação. Mamas cheias e vazamento são problemas iniciais, que desaparecem assim que a amamentação está estabelecida.

E a diminuição no ganho de peso, claro, é esperada. Os bebês ganham menos e menos peso a cada mês que passa. É por isso que as curvas de crescimento são curvas e não retas. Entre 1 e 2 meses, uma menina amamentada ao seio ganha tipicamenate 400g a 1,3 kg, com a média sendo um pouco acima de 800g. Eliminamos o primeiro mês, porque sempre há perda de peso e depois ganho, o que faz a conta final muito variável. SE o bebê fosse continuar ganhando peso neste padrão, em 1 ano ganharia 5 a 15 kg, com média de 10 kg. Na realidade, durante o primeiro ano de vida, meninas ganham entre 4,5 a 6,5 kg, com a média sendo 5,5kg. Em outras palavras, uma menina que ganhou 500g no primeiro mês de vida (alguns podem achar muito pouco, mas na realidade é normal) ganhará menos peso eventualmente. Todos os pesos são medidas aproximadas. Meninos geralmente ganham um pouco mais que meninas.

Claro que o bebê da mãe do exemplo não aceitou a mamadeira com complemento; ela não estava com fome. Infelizmente nem todos os bebês mostram tal controle e, algumas vezes, especialmente se a mãe insiste muito, eles tomam a mamadeira msmo sem estarem com fome.

Se alguém tivesse explicado a esta mãe o que estaria para acontecer no terceiro mês, ela não teria se preocupado. Mas a mudança inesperada deixou-a insegura. Mesmo assim, se ela estivesse confiante na própria habilidade para amamentar, ela não teria se estressado. A explicação mais lógica para todas as mudanças é “eu tenho tanto leite que minha filha fica cheia em 3 minutos”. Mas o medo do fracasso na amamentação é tão incutido em nossa sociedade, que não importa o que acontece, a mãe sempre pensa (ou é convencida a pensar) que ela não tem leite suficiente.

A mãe também se preocupa com outro mito moderno: que as crianças, à medida em que o tempo passa, aprender a dormir mais. Na realidade, as crianças passam mais tempo acordadas quando vão crescendo. É verdade que um dia elas dormirão mais horas seguidas e vão começar a dormir a noite inteira, mas dificilmente isso acontece aos 4 meses de idade. Entre o nascimento e 4 meses de vida, é mais provável que você observe seu bebê dormindo menos. Muitos bebês mamam várias vezes por noite durante os primeiros anos de vida (o que é muito mais fácil que preparar mamadeiras de madrugada, especialmente se o bebê dorme na mesma cama que a mãe).

A mãe do exemplo já começou a forçar a filha a comer. É um beco sem saída. É fácil deduzir que, a menos que a mãe decida mudar radicalmente seus hábitos, a introdução de sólidos será uma luta."

Retirado, na íntegra, de My Child Won't Eat, do pediatra Carlos González, recomendado pela La Leche League.

Fonte: GVA

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Manual da ANVISA para Bancos de Leite Humano

 

Tem informações boas sobre como agir no caso de doença da mãe (Nutriz), a partir da página 68. Ordenha e coleta a partir da página 93.

Manual ANVISA para Bancos de Leite Humano

Normas técnicas da FIOCRUZ para Bancos de Leite Humano

FIOCRUZ

Lei nº 11.265 – Comercialização de produtos para lactentes



Lei nº 11265

Como transportar o leite materno ordenhado ?

 

Segundo a ANVISA, o leite ordenhado tem que ser transportado em cadeia de frio e o tempo de transporte não deve ser supeiror a seis (6) horas. Isto preserva a qualidade do Leite Materno. O aquecimento do leite ordenhado ao longo do transporte pode prejudicar a qualidade do leite.

Utilize frasqueiras térmicas para o transporte, que devem ser de uso exclusivo para esse fim, constituídos por material liso, resistente, impermeável, de fácil limpeza e desinfecção contendo gelo reciclável (maior tempo de resfriamento) na proporção de 3 vezes o volume do leite a ser transportado.

Fonte: WORKMILK

Uso do Copinho no Alojamento Canguru

USO DO COPINHO NO ALOJAMENTO CANGURU

Amamentação e Medicação Materna (Power Point)

Amamentação e Medicação Materna

Vantagens do Aleitamento Materno

Aleitamento Materno

Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos - MS

Guia Alimentar